domingo, 29 de março de 2009

Que nada

Secreto vento, lento, leve tanto que leve pra longe de tudo e todos quando precisar. Passa muros por ambos os lados notórios, elege lugar provisório. Pouco sai de dentro. Espelho d'água que muito olha, pouco molha. O peito é deles, deles.
O interior é sempre uma novidade para a capital e para as outras grandes cidades.
As setas vermelhas só apontam aquilo que se enxerga a olho pelado, diante do reflexo, não seria melhor se ajudassem descobrir? Não, melhor não, a surpresa é uma prazerosa e momentânea sensação, como o orgasmo, como vida aqui no chão.
Coração dispara, não para, quando rola uma canção... Mais uma canção.

Colhendo, escolhendo seus bons frutos, essa é a melhor salada.

Sempre existe um caminho do meio. Pontos finais só estragam histórias bonitas, amar e fugir sem fingir.
Nada é para sempre, sempre tem algo a mais, sempre tem um, mas, porém, todavia expressa que se vai, vai direto pra contradição (é, ela sim faz frear).

Escolher a contra mão não é fácil. Todos são iguais na mão certa, iguais até aos que por natureza, opção ou por sei lá que motivo, escolhem outros lados. Todos iguais.

Por mais que o resultado não seja o melhor é muito bom ver a fórmula que você mesmo criou.
A realidade é dolorosa, melhor sonhar, esperar a próxima vírgula, ponto de ônibus ou final.

As passadas largas não deixam ver o fim. Memória fraca, perdão.

Desenha sua vida numa folha em branco, com uma caneta que falha muito e sem corretivo.

Não é de nada, não é ninguém.

(Ao som de: Cidadão Quem - A lente azul)

3 comentários:

Jéssyca disse...

viizi, que insipiraçao

Paula S disse...

Morre de orgulho de si mesmo.

Eu sei que vc fala de vc (pessoal é pessoal).

Teus textos te entregam, até quando:"Pouco sai de dentro"

Rs.

João Victor disse...

Genial.

Texto do caramba!
Parabéns.