Quando vê uma blitz policial, O Assustado das Grandes Cidades não para. Ele não sabe se os componentes são policias bandidos, bandidos disfarçados de policias ou milicianos - que são uma espécie de policias disfarçados de bandidos.
O Assustado das Grandes Cidades mora em casa com muros e grades tão grandes que o mantém seguro. E preso. Por sorte, ele tem a internet para “ver” o mundo. Isso quando não decide evitar a rede mundial de computadores, por temer crimes virtuais. O Assustado das Grandes Cidades não abre mais as janelas. Ele teme uma invasão de raios "ultraviolentos".
Agora, ele engole o pepino e o abacaxi inteiros. A primeira palavra riscada remente a sequestro, a segunda a roubos e furtos em série, a terceira se perdeu e deixou de ser doce há tempos. A última completa a tal urna, onde, na maioria das vezes, entram e saem os problemas anteriormente citados.
O Assustado das Grandes Cidades está com tanto medo da violência que comprou um arsenal de armas de guerra para se proteger dela. Se proteger atacando, é claro. Ninguém merece morrer.
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