terça-feira, 19 de julho de 2016

Desejo o mal

“Vá à merda! Te desejo que há pior nessa vida”, disse o homem que falava ao telefone na numerosa fila para o caixa do banco. Ele estava à minha frente, nem precisei fazer leitura labial.

Certamente o cara da fila tinha as piores intensões possíveis ao desejar aquilo a alguém. No entanto, eu que, assim como na letra de Humberto Gessinger: “Do goleiro ao centroavante, do juiz ao presidente, eu não consigo odiar ninguém”, me questionei sobre essa ideia de desejar coisas ruins às pessoas.

Não, eu não vou sair rogando pragas por aí. Nem tenho vocação para isso. Talvez, eu faça isso, mas só para uma parte da classe política. Talvez, eu já tenha feito. Talvez, eu esteja fazendo agora... Cuidado!

A questão é que, muitas vezes, nós precisamos passar por coisas ruins. É meio clichê, mas o sofrimento ensina mais que a felicidade. Falo por experiência própria. Foi passando, “curtindo” e vivendo as piores fases da minha vida que dei alguns dos meus grandes passos. Acredito que isso acontece com muita gente.

Então, muitas vezes, desejar algo mal, não é tão ruim assim. Como já ouvi uma vez: “prefiro me foder na vida a gozar a morte”. Faz sentido. Logo, desejo que todos vocês se fodam, com a melhor das intenções, é claro.

*Perdi seguidores e alguns dos que ficaram vivem me cobrando textos frequentes. Vocês são loucos, mas como gosto de escrever para esse antro de palavras perdidas, postarei semanalmente aqui. Beijos e abraços.

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