“Do pó vieste e ao pó voltarás”, diz a passagem bíblica. Tomara que eu seja perdoado por tal ajuste, mas eu mudaria a frase para “da poeira vieste e na poeira continuarás”.
Existe quem defenda que nós, seres humanos cheios de teias de aranha na cabeça, surgimos da poeira. Crenças à parte, essa pequena formação de partículas estará sempre em nossas vidas. Não duvide disso.
O respaldo científico para tal tese tem a densidade das ideias do astrônomo americano Carl Sagan que já disse que somos poeira das estrelas.
Crianças, normalmente, têm problemas alérgicos com ela. Sim, ela, a poeira, que nos acompanhará do nascimento até a morte. Quem disse que nascemos e morrermos sós? Que ideia mais empoeirada. A poeira estará perpetuamente conosco.
São muitas as formas de gerar poeira. O vento, a dilatação do concreto das construções, as queimadas feitas por nós (que variam do processo industrial ao simples ato de acender um cigarro), entre outras. A poeira está no meio de toda a humanidade.
“Há indícios de que grandes quantidades de partículas de areia são transportadas, pelo ar, da África até a selva amazônica”, afirmou o físico Cláudio Furukawa, da USP, ao site Mundo Estranho.
Quando ficamos adultos, saímos da casa dos pais, achamos que vamos nos livrar de muitas coisas. De fato, nós nos livramos. Menos das contas para pagar e da poeira. Nessa fase da vida, se não lutarmos contra ela, ela nos vence. De goleada. Toma conta de nossas casas. Até crianças de colo são mais resistentes aos efeitos destas pequenas partículas do que jovens-adultos.
Também têm grupos que garantem que viramos poeira cósmica quando morremos. Eu, já cercado pela investida opressora e nada pueril da poeira, estava planejando dar uma revolucionária faxina aqui em casa, mas é melhor conviver com a realidade.
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