domingo, 15 de dezembro de 2013

Oposição ou morte

“Mídia é oposição”, disse o mais que saudoso Millôr Fernandes. Povo também deve ser. Precisa ser. Em uma democracia, os governantes são empregados da população e a relação entre chefe e contratado deve ser profissionalmente racional, se não, pode acabar em um tribunal, como na música “Secretária”, do bom Amado Batista.

Quando vejo petistas (que tem uma bonita história de oposição) fingindo que o governo Lula não teve culpa no mensalão, fico desmotivado. Os jovens que balançam bandeiras vermelhas em frente ao presidio da Papuda me envelhecem. Gritam pelos “presos políticos”, que não passam de políticos presos. O amor cega. O amor não pode ter título de eleitor. Não interessa se alguns dos envolvidos no caso estavam bem intencionados. Dinheiro público foi usado indevidamente. Isso é o que conta. É o que pesa no fim das contas de um país que ainda necessita de tanto.

Por isso não tenho partido. Escolho o candidato menos pior e voto. Aperto o verde sabendo que a coisa vai ficar preta uma hora. Políticos são humanos - alguns desumanos. Em determinado momento, seus mandatos vão deixar a desejar. Nessa hora, a população - quem votou ou não no candidato -, deve cobrar, cutucar a ferida. Ir à luta. À rua.

Não é democrática nem politicamente saudável fingir que não vê os erros do seu partido por achar que ele é o ideal para o país. A melhor forma de demonstrar amor é metendo o pau. Esses laços cegos aos políticos enforcam a liberdade. Oposição é independência. Oposição ou morte.

Um comentário:

Paula S disse...

Boa, garoto!