segunda-feira, 4 de março de 2013

Sobre o tempo


(Crédito foto: internet)

Dias atrás, eu prometi que atualizaria este antro de palavras perdidas todos os dias. Percebi que não dá. A correria do dia-dia e a falta de tempo não deixam.

Retomo aqui minha promessa, garantindo que atualizarei três vezes por semana (segunda, quarta e sexta) PODEM CONFIAR. Ou mais, se conseguir.

Enfim, o que importa é que vou atualizar agora. A doença crônica da vez vai falar sobre essa questão. A do tempo.
O tempo é inspiração para muitos ensaístas, filósofos, compositores e escritores. No auge da minha modesta, jamais vou acreditar que esse texto tosco que vocês lerão (ou não) agora chegará aos pés de tais escritas tão profundas. Mas vamos lá:

Certo dia, no jornal, um colega de trabalho me mostrou um vídeo, na internet. A postagem (muito engraçada, diga-se de passagem) mostra um moleque de uns dez anos de idade, reclamando – e muito – porque não encontra o amor eteno. Aquele sentimento que vai (ou te leva) até a morte.

Não é a primeira vez que vejo crianças com esse tipo de preocupação, que seriam de adultos. Há pouco vi no Facebook uma menina de uns 13 anos postar: “vejo garotas de 12 anos falarem que estão sofrendo por amor. E eu aqui com saudades da minha boneca”.
Reparar as pessoas, em situações comuns, é a melhor forma de filosofar sobre essa ingrata e maravilhosa, a vida. Como nas mesas de bar.

Pela janela da minha alma, olhei para mim mesmo (uma grande forma de pensar sobre tudo) e notei que entre atividades do cotidiano, a impressão é de que meu relógio diário marca mais que 24 horas. E ainda assim, não tenho mais tempo para deitar e ouvir música no calor do meu quarto.

O mundo anda andando, girando, rápido demais. Algo acontece do outro lado do mundo e na mesma hora, a notícia, de carona como esse universo veloz, já está, literalmente (em caso de celulares), em nossas mãos.

E essas crianças inseridas nesse mundo veloz das grandes e novas tecnologias acabam crescendo, convivendo em um mundo exigente, cruel e intolerante cedo demais. Por isso, estão morrendo, literal ou figurativamente, muito rápido.

Tenho amigos, da minha idade (vinte e dois anos) que estão casados. Sim, casados. Alguns com filhos, até. Acho cedo. Acho rápido demais. Não tenho nada conta a evolução tecnológica – só a favor, na verdade -, mas, às vezes, a vida poderia passar mais devagar. Ela é bonita. Quero vê-la. Leve. Lenta. Quase eterna.

Bom, vou parar por aqui. Meu dia será cheio de coisas para fazer hoje. Tenho que correr para pegar o ônibus, trabalhar em um ambiente que cobra velocidade e ir para aula, estudar e chegar cada vez mais rápido a um futuro grandioso. Além disso, preciso urgentemente encontrar o grande amor da minha vida. Afinal, já tenho mais de vinte anos.

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