terça-feira, 5 de março de 2013

Quem irá comandar a Vila do Chávez?


Crédito da Foto: Internet

Chávez morreu. A morte sempre chega. Pela esquerda. Pela direita. Ou pelo meio. A morte é democrática. Chega para todos. Para quem liberta e para quem reprime.

Chávez morreu. Senhor Barriga e Nhonho, representando a elite rica e opressora, fingiram sofrer, embora estivessem muito felizes. Livres. Distante das pancadas e prejuízos dados outrora pelo agitado rapaz.

Chávez, quando vivo, com seus movimentos pouco articulados feriu bastante os gordos capitalistas.

Chávez morreu. Senhor Madruga e Chiquinha, genuínos das classes sociais menos favorecidas, choraram. Talvez as lágrimas tenham atravessado países e estados e chegado ao Rio de Janeiro. A tempestade carioca desta terça-feira, dia 5 de março de 2013, está explicada.

Pai e filha agora, no reflexo do pranto, se veem sem pai e sem mãe. Sem auxilio. Ajuda. Apoio estatal.

Chávez morreu. Dona Florinda e seu filho Kiko, de classe média, estão indiferentes. No entanto, esboçam um sorriso lembrando que os impostos podem cair. E quase choram, ao recordar que muitos benefícios devem acabar.

Chávez morreu. O programa popular, populista, bom para uns e ruim para outros, mas que forçava para ser assistido por todos, acabou. Chegou ao fim. Saiu do ar. Está fora da grade. Como se tivesse ganhado asas de liberdade.

E agora? Quem poderá nos defender? Quem irá comandar a Vila Venezuela?

Agora, o povo desse lugar deve escolher por conta própria e de forma democrática seu novo representante. Mesmo que a opção seja repetida. Igual a um programa de TV que não para nunca de passar.

Um comentário:

Pablo Silva disse...

Muito bom! Genial! Humor, política e até poesia. Foda!