segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mulher é obra de arte

(Crédito da foto: Web)

Eu estava indo trabalhar, puto da vida, em um desses feriadões (sim, eu trabalho com jornalismo) quando dentro do ônibus me deparei com uma linda mulher. Por uns instantes, tudo aquilo que me deixava irritado e deprimido passou. Como quando eu ligo o rádio na hora certa e toca a canção que quero. Como quando leio aquela frase, naquele livro. Como quando vejo aquele gol de placa. Conclui que mulheres são obras de arte.

Não estou falando que senti tesão e vontade de copular imediatamente. Não se trata disso. Apesar de gostar muito da espécie feminina, não sou um ‘caçador de fêmeas’ como vejo muitos jovens por aí. Don Juan do Paraguai não faz meu estilo. Estou mais para um Casa Blanca made in China.

Mas, voltemos ao que interessa. Mulheres. Essas obras de arte.

Mulher é música. Sussurro ao pé do ouvido e heavy metal quando está com ódio. É arte que mais toca. Quando toca... É a arte das musas, como diriam os gregos, aqueles safados. É som e silêncio, quando amam, quando chamam, quando clamam. É métrica. É gigante. Infinita.

Mulher é dança. Um par perfeito ou você sozinho no meio do salão. O mundo baila ao seu redor e chama seu vestido para uma valsa. Use seu corpo e leve minha alma. Vai que eu sigo seus passos, independente do ritmo que for imposto.
Mulher é pintura. É matiz, com muito brilho e, principalmente, contraste. É textura para sentir com carinho. As fêmeas são o renascimento, a arte moderna, o fim da idade das trevas. Venham colorir o mundo com a cor de seus olhos e cabelos.

Mulher é escultura. É volume para encher a minha vida. Modelagem perfeita. Curvas, ah as curvas... Nem Niemeyer faria algo tão bem feito. Bem feito para mim, que fui gostar dessa raça. Raça que pode ser transformadora como Shiva, ou distante, como o adeus da Vênus de Milo.

Mulher é teatro. É cena. É farsa. É exagero. Cortinas abertas para o mundo. Mulher deve ser olhada com atenção. Deve ser contemplada. Venha, venha, venha encenar comigo. Vamos mentir para esse mundo mentiroso.

Mulher é literatura. É prosa. É verso. Cartas e mais cartas de amor. Mulher é o não literal. É conotação. Aquilo que te livra num livro. Entre em baixo da saia de uma e saia do real, do convencional. Vista letras melhores. Melhores que esse texto tosco.

Mulher é cinema. É a sétima, oitava, nona, décima e quantas artes vocês quiserem. É tudo é mais um monte. É imagem fixa. E sempre, sempre em movimento. É poderosa, é popular, é democrática. Todos podem. Poucos podem com elas.
Mulher é futebol. É bola dentro. É decisão. É emoção. Mata-mata. Gol de placa. Casa cheia. É título. É rebaixamento. É um lençol para driblar a tristeza. É dividida ríspida, às vezes. Mulher é um lindo passe. Um passeio agradável nesse adversário cruel chamado Vida.

Se Deus fez coisa melhor que mulher, guardou só para ele. Já dizia a frase de para-choque de caminhão. Outra sábia obra de arte. Se alguém fez declarações melhores que esse texto (certamente fizeram), publique. As mulheres merecem.

(Ao som de: Ira! - Entre seus rins)

Um comentário:

Ana Sybele Felix disse...

Nossa lendo esse texto fiquei até lisonjeada! Tenho que admitir que ser mulher é o que há, por isso existem tantos gays. Rs...