quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Onde a vista alcança

Não existe luz em uma madrugada de dor. Não há flores. Não há sono, tampouco sonho. É tudo cruel e real. Devaneios amolados.
Pela janela ainda posso ver o fim do mundo. Lá, depois, onde a vista alcança.

Aquela mesma canção ainda dita o ritmo por aqui. Sobre o criado mudo, ainda está o mesmo livro que fala tanto por mim.
Os mesmos retratos vestem a parede mal pintada. Os mesmos discos descansam na prateleira branca, discreta e imponente.
Nem tudo está perdido. Consegui dormir e sonhei com ela.

Você ainda está ao meu lado? -Por você sempre estaria-; nada está perdido. Há luz. Existem Flores. Aqui, agora, onde a vista alcança.

(Ao som de: Lobão - Nostalgia da Modernidade)

6 comentários:

Diego Janjão disse...

ê como eh bom escrever assim, hein?

quando eu fazia meus rabiscos aos sons de músicas assim tb adorava!

Paula S disse...

Que românticuzinho, olha só, hehe.

Monique disse...

Bom mesmo é sonhar acordado. :))

Jéssyca disse...

legalzinho

Flávia J.S disse...

é bom sebastião..

Unknown disse...

Escreveu o que tu tá vivendo? haha
As vezes acho que tu tem coração em, rs.
Romântico,amei.