domingo, 25 de outubro de 2009

Clímax

Quando eu era criança tinha medo de pessoas como eu: esquisitões, fechados para o mundo. Será que eu mudei tanto assim? Olha só, ainda tenho a mesma marca ao lado do olho, maldita catapora. Quando eu era criança adorava usar a palavra “maldita”. Minha mãe ficava puta.

Ah, como ela era legal. Citava Gibran de cinco em cinco minutos. Me contava as mesmas histórias e eu não cansava de ouvir. Lá se vão algumas décadas que me levaram bons momentos.

E os meus amores impossíveis? Alguns até tiveram êxito. Outros se perderam na veemência. Todos morreram ou foram viver em um lugar melhor, eu acho. Nunca tive certeza de nada.

Será que eu mudei tanto assim? Tudo mudou. Eu sempre me questionava. Quem são aquelas pessoas lá fora? Acho melhor eu ir dormir. Não faz sentido gastar lágrimas com filmes sem fim.

(Ao som de: Arctic Monkeys - humbug)

7 comentários:

Monique disse...

Não é a primeira vez que passo por aqui, nem a primeira vez que acho esse lugar encantador.
Mudamos com as mudanças.

Alessandra Santos disse...

Tudo muda, tudo passa.

Não sei dizer quem sou, nem até quando o serei.

Fato é que, como Raul, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante.

Anônimo disse...

Poucas vezes consegui me enchergar em palavras, e agora aconteceu. Volta e meia fico me perguntando o quanto mudei,. Tudo muda, mesmo que a gente não perceba, tudo muda, e isso é bom.

parabens pelo blog. vou seguir.

http://dolipo.blogspot.com

Paula S disse...

Esse cara é bom!

Jéssyca disse...

+1

so pra ter ¬¬

Bê Matos disse...

Muita coisa mudou, nessa vida.. :)

Beijos.

Aninha disse...

as vezes gastar lagrimas com filme pode ser bom

assim nao as gastamos a toa em nossas vidas =//