quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Fim dos fins
Mais um ano se passou. Não vou citar o restante da música do Cassiano. Nem vou fazer um texto piegas (espero). Como é final de ano, quero fazer uma reflexão sobre os fins. Sem justificar os meios.
Sempre tive dificuldades para lidar com finais. Na verdade, eu nunca tive facilidades. Sou privilegiado por ter virado adulto sem perder parentes próximos. Quase todos os relacionamentos amorosos que tive terminaram sem grandes traumas e as pessoas nunca sumiram totalmente da minha vida e cultivo uma porrada de amizades de décadas.
Mas do ano passado para cá, isso mudou um pouco. Perdi meus quatro avós, alguns amigos e ex-amores parecem distantes. Fiquei meio perdido com isso. Foi tipo "não cheguei nessa fase do videogame". Apanhei da tal fase, apelei para o macete especial da terapia e passei dela. Cá estou, na reta final do ano, sentindo que hoje lido muito melhor com os términos da vida e entendendo que não dá para carregar tudo e todos sempre, para sempre.
Um podcast chamado "Finitude", apresentado por Juliana Dantas e Renan Sukevicius, também foi importante nos momentos mais tensos diante das reflexões sobre os fins da vida. Recomendo. Fala sobre o tema de forma detalhada e original.
A série "Fim", baseada no livro da infinita Fernanda Torres, também me puxou pro cantinho do pensamento. Foi doloroso e divertido.
Pensar sobre um problema é, ao mesmo tempo, o que maltrata e o que afaga. É fim de ano e sigo pensando sobre os fins da vida, os sentidos. Nenhuma conclusão, mas duas frases me surgiram enquanto escrevo, esclareço e reflito.
"Só acredito em amores que podem acabar". "Acabar é deixar pronto". Ponto final. Que venha 2025 com muitos aprendizados e boas vivências.
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