quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A importância dos intervalos

(Crédito foto: blog clicgrêmio) Ps: não sou gremista.

Meu celular pifou e hoje fui ao shopping para trocá-lo, já que o danado ainda está na garantia. Na loja, enquanto esperava para ser atendido, bati um papo com uma vendedora. Uma bela vendedora. Daquele tipo, que se quiser, vende areia no deserto.

A moça, de papo e jeito gostoso, me contou que esta semana - entre os feriados de natal e ano novo - é uma espécie de alívio imediato para os vendedores. Ela explicou que nos dias antes do natal, eles trabalham feito burros nos campos. Nos dias que antecedem o réveillon, idem. Nesse período entre as festas, eles podem respirar um pouco.

Quando a bela se afastou de mim para atender um cliente que queria comprar e não gastar o tempo dela, eu fiquei pensando sobre a importância dos intervalos para a humanidade.

Pense comigo, amigo (a). O que seria da vida sem as pausas? Os breaks do cotidiano? Certamente, sem eles, nada iria adiante. Todo grande passo da humanidade se deu depois de uma ruptura. Um “pera aí, precisamos parar para mudar”.

Na pré-história, os homens ‘congelaram’ diante do fogo e tudo mudou. Foi na idade antiga (bota antiga nisso) que nós resolvemos parar de andar e assim começaram as civilizações. A idade média é classificada como o período que dividiu, acabou, com um e iniciou outros pontos na clássica história ocidental.

A centralização dos Estados Europeus (final do século XV) só aconteceu após os términos de rinchas territoriais. As revoltas liberais só se deram quando o povo parou para reparar as injustiças. Aliás, toda revolução nasce de uma pausa reflexiva. As guerras só tiveram fim no momento em que alguém cessou fogo. Sem contar todas as grandes invenções. Afinal de contas, as boas ideias nascem no ócio. Na pausa. No intervalo da existência.

Como tudo na vida se aplica ao amor, ou tudo do amor se aplica à vida, não é diferente com esse desconhecido que está na vida de todos. Sabemos que uma certa distância faz muito bem aos corações. Se nunca fez, faça. Fique um tempo distante do seu ‘coração’ e depois volte. E paixão que não tem fim.

O mundo precisa de pausas para continuar girando. Eu vou parar por aqui. Assim, você poderá ler algo melhor escrito.

(Ao som de My Bloody Valentine - Loveless)

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