segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Luzia

Eu vi o odor de carne podre sentido em parcelas. Vi também o fogo que estava plantado em quase todo o quintal. Fui afogado na minha alma ressecada por fumaça. Nem as lágrimas nem a água foram capazes de conter o incêndio.

Luzia, minha irmã mais nova, via a casa rosa, a água do café pulando a janela, a bicicleta velha amparada pelo muro. Luzia me disse que ia pegar pitangas atrás do curral.

(Ao som de: Zeca Baleiro - vários discos)

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