sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Natureza Noturna



Mais uma madrugada, mais um poema, mais de cem dilemas, um texto, um trecho da vida transportado por algumas palavras, luz de velas velhas e das velhas e lindas estrelas.

Seu peito estava tão cansado de apanhar que às vezes queria não mais bater, as dores do dia ficam mais fortes durante noite, mas eram aquecidas pela madrugada fria e doce, como um freezer cheio de sorvetes.

Aquele beijo, aquele abraço, aquele sorriso, o dia de trabalho, ah, o dia não o acudia. A noite o abraçava com a força a ternura de uma mãe, para ela, ele contava seus segredos mais sagrados, queria apagar o sol, queria que a madrugada durasse todas as horas do dia possíveis e impossíveis. Tinha certeza que a noite havia nascido para ouvir suas incertezas...

Durante um dia escreveu em um dos seus dois diários uma carta para a noite, para ela parar para sempre em todos os seus dias, pois só assim teria dias menos dolorosos. A noite respondeu, mas até hoje ninguém sabe o que a lua e as estrelas disseram.

*Inspirado na canção "natureza noturna" (Fagner e Capinam).

[Ao som de: Renato Teixeira - (ao vivo em Tatuí) com Pena Branca e Xavantinho]

3 comentários:

Jéssyca disse...

essas dores no peito tem outro nome
soaheoiha
zuei ¬¬

=*

Felipe Lucena disse...

Tu tá zoando direto, né? hahaha

Paula S disse...

Esse conto é maravilhoso.